quarta-feira, 19 de novembro de 2008

OS PERIGOS DE NOVA ACRÓPOLE

Recebemos o texto abaixo por email. Um texto muito bem escrito e que permite com que várias características religiosas da Nova Acrópole sejam analisadas ainda em I Nível. Todas essas informações foram verificadas e confirmadas. Em breve a fonte que nos escreveu esse longo artigo também nos dará o material indicado nela para disponibilizar para download. Até lá, uma boa análise no seu material próprio. O texto é longo, mas quase definitivo diante da análise sobre Nova Acrópole.







OS PERIGOS DE NOVA ACRÓPOLE


(notas no fim do texto)

Nova Acrópole é considerada por muitos no Brasil como uma associação cultural, mas na verdade é uma seita destrutiva. Primeiramente o que se caracteriza uma seita, e em que relação a Nova Acrópole se enquadra nesse sentido? Em segundo momento analisaremos o que na Nova Acrópole acontece para que ela seja considerada um culto destrutivo.

O sectarismo “não é de nenhuma maneira um problema religioso.
É o uso e abuso de maneira consciente ou “automática” das leis que regem o comportamento humano, tendendo adquirir poder ou controle sobre os demais, obtendo desse modo benefícios econômicos, sexuais e ou sociais entre tantos outros logros."
([1])

Primeiramente segundo o Dr. Bryan R. Wilson citado no livro Adicción a sectas (Pautas para el análisis, prevención y tratamiento) de Pepe Rodríguez o que se caracteriza uma religião seria:


1. Crenças, práticas e instituições relacionadas com:
a. Forças , seres ou metas sobrenaturais;
b. Um poder— ou poderes — invisível e superior;
c. a preocupação com os fins últimos do ser humano;
d. aspectos sagrados (elementos reservados e ou proibidos);
e. um objeto de devoção espiritual;
f. uma entidade que controla o destino do ser humano;
g. o âmbito do ser;
h. uma fonte de conhecimentos e sabedoria transcendental.

2. Práticas que supõem comportamentos de obediência e reverência ou culto.
3. Caráter coletivo ou grupal da expressão da vida religiosa.


Vamos analisar cada tópico e relacioná-los com a Nova Acrópole, citando trechos de seus textos e das palavras também auditas durante a vivência acropolitana.
A Nova Acrópole não se considera um culto, ou uma religião ou mesmo uma seita. No entanto, suas condutas e seus preceitos acabam por caracterizá-la dessa forma. Por exemplo, cada um dos tópicos relacionados acima agora demonstrados frente a Nova Acrópole:

1. Crenças, práticas e instituições relacionadas com:

1.a. Forças , seres ou metas sobrenaturais;

Para os iniciantes, aqueles que ainda não terminaram o chamado “Primeiro Nível” dos estudos acropolitanos a Nova Acrópole é uma Associação Cultural que tem como o objetivo construir um mundo novo e melhor. Muito poético isso. Quando se termina o primeiro nível tem-se a apresentação um pouco maior do que é realmente a Nova Acrópole, mas não algo que lhe possa dar claramente juízo de valores sobre a organização ( é o curso chamado “Transpasso”). Mas se comenta por exemplo, dos Mestres do Mundo, demiurgos, duendes e deuses com muita freqüência. Ainda nas primeiras aulas, ou doutrinação do Primeiro Nível se diz por exemplo de Ética e Moral atemporal, e logo depois se fala de constituição septenária do ser- humano. Até ai tudo bem, diriam os acropolitanos, estamos estudando uma filosofia diferente. No entanto, começa –se a dizer sobre os Kuravas e Pandavas (a concepção do que podemos chamar de “pecado acropolitano” ou o que vai gerar o remorso no futuro provacionista). Não se dá aqui, somente do que se fala e sim do modo como são tratados os assuntos.



Um demiurgo

Na página 13 da apostila de Primeiro Nível, ou no 2° parágrafo do subtítulo Constituição Septenária se diz “ Se, para fins de estudo, reconhecermos sete componentes no homem, não esqueçamos de que não se tratam de divisões físicas mensuráveis, mas de diferentes motores que anima o ser vivo.” . Começa aqui a implantação da “teologia” acropolitana, que vai gerar a dependência num futuro breve do neófito. No próximo parágrafo já se comenta através da variável subjetiva da importância do número sete na natureza. Ainda comentando sobre a idéia de força sobrenatural somente nesse módulo I de Ética do Nível I temos na página 16, ou na última página da apostila o seguinte parágrafo: “Passar do perecível ao imperecível, do quaternário aos princípios superiores, implica um sacrifício que poderíamos conceber como um trabalho mais próprio do homem: a conquista do Ser. É uma possessão que não corre o risco de perda. Se nos apropriarmos do que é eterno, desaparecem totalmente o temor e a angústia. Mas nós falamos de sacrifício porque certamente é doloroso arrancar a venda dos olhos e contemplar a clara luz do dia, a pura luz da verdade.(...).” Aqui fica claro a crença acropolitana numa força superior e sobrenatural que rege o corpo do indivíduo, dividindo-o em sete partes, e propõe através do sacrifício (palavra que eles denotam como “sagrado ofício) a busca da parte superior dessa divisão com o objetivo de se “converter em super-homens cada vez mais parecidos com Deus, do qual surgimos”.[2]




Para aqueles que concluem o primeiro nível e passam pelo ritual de iniciação que é chamado pelos acropolitanos de “Formatura” vai se receber um “Diploma de Honra” onde se tem uma Oração do Homem Novo de Jorge Angel Livraga, (fundador da Nova Acrópole junto com sua esposa, Ada Albrecht). Nessa oração tem-se as seguintes palavras no final: “se reconheces que todo o visível e mensurável/ é a sombra do invisível e incomensurável;/ Se dás prioridade ao espírito/ sobre a carne passageira// se reconheces tudo isso.../ o homem novo és tu!”. Podemos estar falando simplesmente de um conjunto de crenças, certo? Mas acho que não podemos deixar esquecer que Nova Acrópole é uma Associação Cultural e não um culto... Será mesmo? Continuando...




E os seres sobrenaturais que regem a Nova Acrópole? Bem, vale ressaltar uma estorieta que é falada com muito orgulho, e com tom extraordinário e místico aos ouvidos dos que vão ao Módulo em São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos - SP. Conta-se que o lugar foi escolhido por Michel Echenique Isasa, Diretor da Nova Acrópole na América do Sul e controverso mestre de artes marciais, porque ele conseguiu identificar a presença de um Deva[3] ali na região. Seria o Deva do Amor e do Trabalho, o que combinaria perfeitamente com o ideal acropolitano. Mas não querendo me passar por alguém que cometeu simplesmente um erro de compreensão de uma história contada, ou para dizer que a história é mentira prefiro então me ater a textos internos da própria Nova Acrópole.

Não quero entrar nesse texto ainda em matérias do segundo nível para que aja possibilidade de constatação mais direta de todos, e não somente dos chamados “provacionistas”. Pois bem, no Nível I, filosofia da História Módulo III- tema V se fala de Dharma-Kharma, Buda e a Libertação da História. Na página 242, 2° parágrafo lê-se: “Pois se os Deuses nos pudessem libertar já o teriam feito, sem condições nem contratos prévios, por simples Amor. Mas eles não podem fazê-los. Os Deuses e os Mestres podem unicamente nos ensinar a via que eles mesmos percorreram antes de nós, mas que não podem percorrer por nós”. Aqui pode-se ver que a Nova Acrópole acredita em Deuses e Mestres superiores e sobrenaturais. A própria organização se diz um plano dos Deuses [4] para preparar o mundo para a sexta sub-raça, a raça ariana.


Capa do livro de JAL sobre Elementais





Temos ainda o livro de Jorge Angel Livraga, Os Espírito elementais da Natureza, dedicado a um gnomo que era um amigo pessoal do autor. O livro dá conselhos de como visualizar elfos e fadas (o material é basicamente tirado de velhos textos Teosóficos, especialmente dos escritos mais criativos) e é atualmente apresentado como um livro de ecologia muito lido pelos integrantes do GEA (Grupo de Ecologia Activa), o braço pseudo-ecológico da Nova Acrópole. Vale ressaltar, apesar de querer evitar para não dificultar o acesso à confirmação, na apostila de Nível II sobre Introdução à Sabedoria do Oriente o Tema XIII, Zoologia fala de uma lista vasta de seres sobrenaturais que regem o fogo, do ar da água e da terra, os elementais. Sim, Nova Acrópole realmente acredita em Duende e em fadinhas, desculpe-me digo Silfos. Lembrem-se Nova Acrópole se diz uma Associação Cultural. Vale ainda dizer o cuidado ridículo que os acropolitanos passam a ter com seres inanimados. Dão nomes próprios a plantas e a carros. Qualquer objeto tem seu gênio, ou elemental que rege sua existência.



O mais controverso de tudo, e que é a ponta máxima de objetivos da Nova Acrópole, que tem como slogan “Construir um mundo novo e melhor” é a preparação da terra para uma nova raça. Na apostila do curso de Nível II, Introdução à Sabedoria do Oriente temos o tema III, ou antropogênese oculta. Ali comenta-se da Sexta Raça:




Desenvolver-se-á a partir de da hoje nascente sexta-sub-raça da quinta raça. Terá por base a América do Norte e um continente polinésico que surgirá pouco a pouco das águas(daqui há muitos milênios), ao mesmo tempo que uma parte da Ásia e da Europa ficarão cobertas.




Desenvolverá um sexto sentido que será a clarividência, ou seja, a percepção das coisas hoje invisíveis e distantes, aptidão de grande utilidade na investigação científica, que será mais racional do que agora(...)


Ainda comentando dessa nova raça e onde se relata mais detalhadamente o objetivo de Nova Acrópole temos os boletins mensais chamados Bastion. Só lhes são permitidos ler aqueles que completaram o Nível I. Então aconselho a ler o Bastion n° 3 e 106 onde Jorge Angel Livraga comenta sobre a raça ariana.

Sobre a quinta raça, que seria a qual nós, meros mortais e não-acropolitanos pertencemos, tem-se um trecho também digno de nota: “Constituem hoje a assim chamada raça-branca e ainda são numericamente inferiores, embora já dominem decisivamente os restos Lêmures e Atlantes que, com o correr da evolução e novas mudanças da natureza, irão desaparecendo.


Acho importante citar um trecho ainda que explica o que são as raças, ou os restos, Lêmures e Atlantes para a Nova Acrópole: “Hoje, a maior parte da população é de origem Atlante pois ainda se conservam bem organizadas as sexta e sétima sub-raças, que são os Chineses-Mongóis e os Japoneses respectivamente. Os indígenas americanos, Lapões, Árabes, entre outros, são fragmentos de outras sub-raças e tribos Atlantes que sofreram mutação. Isto não surpreenderá muito o leitor se souber que ainda subsistem formas muito modificadas das Humanidades Lêmures, que constituem os negros em geral e algumas tribos africanas e australo-polinésicas, em especial. "[5] Acredito eu, que não é necessário explicar mais o que os dois últimos dois trechos dizem, precisa? Bom, para não arriscar e não deixar a conclusão para os que já tiveram a mente clareada, Nova Acrópole, realmente, é a favor da supremacia racial branca.

Outro tópico para explicar que Nova Acrópole é uma religião:

1.b. Um poder— ou poderes — invisível e superior;

Nova Acrópole, além de se dizer uma organização baseada nas concepções dos Deuses e que foi fundada por JAL (Jorge Angel Livraga Rizzi), se esquecendo em seus textos oficiais totalmente da esposa de JAL, a Ada D. Albrecht, ou ADA. Na hierarquia dos Deuses, a expressão de suas vontades seria o ideal político que a Nova Acrópole vai empregar, primeiramente em seu próprio âmbito e depois em toda a sociedade. Esse desígnio se deu pelo então presidente da Sociedade Teosófica Mundial Sri Ram. Este recebeu a ordem direta dos deuses para estabelecer a Nova Acrópole no mundo, e testou três discípulos para a tarefa, onde JAL conseguiu o desígnio[6]. Em vários momentos nos textos acropolitanos, esses mesmos de circulação livre a presença de tal hierarquia ou poder invisível ou superior é citado. Tal hierarquia é chamada pelos acropolitanos experientes, como a Grande Fraternidade Branca.




Na apostila de Nível II — Introdução à Sabedoria do Oriente na página 107 ou o tema VIII temos uma breve explicação do que é segundo Jorge Angel Livraga Rizzi a Grande Fraternidade Branca:

“ (...) O certo é que, através de algumas insinuações dos Grandes Mestres da Humanidade, chegou-se a conhecer a existência — absolutamente lógica— de um Governo do Mundo ou Hierarquia Planetária, formada pelos Deuses e por Aqueles que superaram a etapa humana. Assim, só os seus componentes a conhecem e nós, humanos vemos apenas as sombras confusas que se contrapõe a tão intensa Luz.

Por outro lado, já falamos da Tríade Planetária formada por Mahachohan ,Budhisatwa e Manu; eles são os três Reitores das raças humanas e formam em conjunto o chamado “Coração Flamejante da Hierarquia”. Como coroa resplandecente, rodeiam-nos os Gloriosos Adeptos que completaram a Quarta Iniciação Planetária, ponto culminante da Evolução desta Humanidade na Cadeia Terrestre. À sua volta, cada vez mais afastados hierarquicamente do “ Coração”, estão os Iniciados de Terceira, Segunda e Primeira Iniciação. E constituindo o último e o mais ínfimo elo entre os Deuses e os Homens, estão os Discípulos Aceitos, após os quais se vêem os Discípulos em Provas, os Filósofos, os Idealistas e o restante da Humanidade. (...)”


Se ainda quiser insistir que tudo não passa de um estudo que acontece dentro da Nova Acrópole de uma filosofia que normalmente não se dá em universidades conceituais porque estas estão sob o flagelo da temporalidade, argumentação aceita. O ponto que diferencia entre um mero estudo e uma crença acontece quando aquele que foi iniciado no Nível II da Nova Acrópole, sempre antes de iniciar seus trabalhos nas dependências da organização, ou em nome da organização, faz uma reverência aos mestres[7], JAL, Blavatsky, Sri Ram, ao estandarte da águia[8], e à alguns outros elementos postos numa espécie de altar numa sala reservada, elevando-se o braço direito estendido sobre a cabeça, e dizendo “AVE!”.



É relevante ressaltar ainda uma experiência para se dizer mais sobre esse poder invisível. Lembro-me que o meu mestre(no caso um reles chefe de uma escola) numa ocasião nos alertou sobre os desígnios ruins daqueles que fossem contra a Nova Acrópole, porque estaria indo contra uma obra dos Deuses. Esse, que seria contra a Nova Acrópole, muito sofreria pela ira dos Deuses.


Em outras muitas passagens a referência a Deuses e mestres é muito comum. Acontece de uma forma tão imperceptível e natural que acaba gerando inverdades sobre alguns pontos discorridos. Sugere o que chamamos de estímulo paradoxal, porém o paradoxo passa desapercebido, enganando o raciocínio lógico e atingindo diretamente o inconsciente do candidato a discípulo. Esse além do aspecto de vislumbre que está submetido por ouvir sobre coisas e filosofias que jamais imaginara, torna-se uma presa fácil para a estrutura acropolitana. Vejamos alguns exemplos na apostila de Nível I.




O módulo IV de Ética, na apostila de Nível I, fala-se de Buda. Na parte “A Vida de Buda: resumo” no último parágrafo da 1ª página(pg 56) desse tópico temos “(...) diz-nos a história que os deuses agiram de uma forma tal que o príncipe compreendeu plenamente o curso que deveria dar a sua existência.” Provavelmente você que nunca estudou budismo de uma outra forma não percebe o que chamamos de estímulo paradoxal. Na história de Buda não se menciona a ação de deuses. Á não ser na versão Acropolitana. Logo no parágrafo seguinte tem-se o pensamento de Buda de forma direta, sugerindo palavras ditas por ele próprio: “Que sentido tem essa vida de todos nós?” “ Por que a Divindade dá a vida e ao mesmo tempo tanta dor?” Aqui se tem a personificação da Divindade como alguém, como um sujeito. Isso contraria uma idéia classicamente falada sobre o budismo da despersonificação da divindade, ou seja, a divindade não é alguém.




Ainda sobre o mesmo texto tem-se no 3° parágrafo da página 57 : “ Assim fortalecido, e sob o amparo da árvore Bodhi, a árvore da sabedoria, após superar as provas recebeu a iluminação que o libertou para sempre dos laços do nascimento, da velhice, da enfermidade e da morte.” Como é bonita a estória de Buda. Só que tem uma coisa, ele encontrou ou descobriu a iluminação ou alguém lhe concedeu? Se é alguém acho, como nos diz claramente o texto, prova-se mais uma vez a destreza de Ada D. Albrecht, autora do texto e fundadora juntamente com Jorge Angel Livraga Rizzi da Nova Acrópole, para atribuir ações a seus tão poderosos seres superiores.




Pode-se um acropolitano alegar diante dessas afirmações acima que tudo não passa de meros recursos didáticos para expressão da filosofia. Perfeitamente. Então como pode-se negar que se cultua as figuras já mortas de JAL, Blavatsky, Sri Ram, e ainda em outros textos se mostra a submissão na ordem hierárquica que se tem que tomar. E como em muitas ocasiões se comenta de magos negros que conspiram contra Nova Acrópole ou de Demiurgos e outros tantos seres de ordem mística que se exercitam sobre a organização do mundo, de acordo com as idéias acropolitanas? Acho bom lembrar que tudo não passava de uma associação cultural com estudo de filosofia...


1.c. a preocupação com os fins últimos do ser humano;

Como estava comentando sobre Buda anteriormente e o texto da apostila de Nível I vale citar um outro trecho que comprova a preocupação com os fins últimos do ser humano Parágrafo 4° pg 57 “ Vida de Buda: resumo” “(...)Haver conquistado a iluminação é haver superado amplamente a etapa humana; ter chegado ao Nirvana, à libertação, é haver também superado os deuses, porque a eternidade já se deslumbrou”. O que podemos dizer aqui, além da presença de Deuses ao se estudar Buda, o que é algo muito estranho tem-se a sugestão de superar a etapa humana. Para o budismo o que tem que ser superado é a si mesmo, e não buscar de deixar ser humano. Quanto à teologia acropolitana, se é que pode ser chamada de teologia, o alcançar a Deus, ou aos Deuses seria deixar as temporalidades humanas. Fiquei atônito quantos acropolitanos não tinham a atitude de “Formação de caráter” onde para superar a etapa humana o indivíduo tem que deixar suas coisas: vendiam seus cds favoritos, só porque não eram as músicas clássicas ou que elevavam o espírito de acordo com a concepção artística acropolitana. (o braço pseudo-artístico da Nova Acrópole se chama Instituto Tristan e seus preceitos podem ser muito facilmente apreendidos ao se dar de frente com a revolução cultural nazista no pré-guerra).




Voltando a questão dos fins últimos do ser humano. Além da questão das raças como foi analisado no tópico sobre metas sobrenaturais, a Nova Acrópole tem a implementação do Homem-Novo. No livro “Cartas à Délia e Fernando[9] de Jorge Angel Livragra Rizzi tem-se a concepção bem clara do que seria o homem novo. Logo no capítulo I “Sobre os distintos tipos de Homens” na página 15 da edição onde se pergunta o que é o Homem-novo: “(...) Translada esta imagem à atual Raça que rege o mundo. Em seu seio gera-se lentamente uma nova. Suas primeiras expressões lhe causam dor, (...) desta Humanidade mutante e multiforme nascerá outra de um fogo mais vertical, uma forma de “Fogo Frio” de uma verticalidade teológica constante. Antes de formar uma raça propriamente dita, constituirá uma “Estirpe” nova.(...)As característica psicológicas e físicas virão mais tarde, como vem a sombra sobre o solo quando a águia toma altura”. E caracteríza-se esse Homem Novo logo abaixo na próxima pergunta sobre se já existem desses seres que pertencem a essa nova raça. Eis o trecho da resposta: “(...) já existe em vocês(referindo-se a Delia e Fernando) e em todo Acropolitano algo desse Homem-Novo, (...).Essas idéias grandiosas e torturantes que os assaltam pelas noites, as ânsias de conquistar o mundo para um Ideal, o arranque emocional que os faz vencer as barreiras do cansaço, (...)", a obediência que se antepõe aos seus instintos. Pode-se dizer, aquele que defende o pensamento acropolitano que o Homem-Novo nada mais é do que uma evolução espiritual e de condições de pensamento do homem atual. Mas eu pensei que era uma Associação Cultural, e que esses méritos de evolução espiritual teriam um caráter mais religioso. E além do mais, esse Homem-Novo é a chamada raça ariana que já foi comentada nesse texto. Mas digamos ainda da liberdade de crença, que o acropolitano pode acreditar nisso ou não. Que isso não é uma necessidade para ser acropolitano, acreditar nessas tais sub-raças e superação da etapa humana ou coisas semelhantes.




Só que...




Como muitos acropolitanos vão rechaçar esse tópico dizendo que a superação da raça humana é somente uma nova maneira de ver o mundo, e de se organizar nele. No entanto, a maior parte dessas pessoas não leram, nem vivenciaram devidamente essa superação. Que fique bem claro, você só consegue subir na hierarquia acropolitana se subjugar sua vida aos interesses da instituição. Essa entrega significa você abandonar tudo na sua vida que não seja acropolitano.





d. aspectos sagrados (elementos reservados e ou proibidos);

Nova Acrópole têm vários símbolos e condutas escusas. Têm um tom secreto, sem o caráter de exibição, tipicamente de elementos religiosos com o seu valor de culto e reverência.[10] A maioria desses símbolos não são dados ao conhecimento aos alunos de I Nível ou meros ouvintes de palestras de fins de semana, ou do círculo de amigos. No Transpasso alguns desses símbolos são apresentados. Ainda em discípulos de II Nível alguns desses símbolos e rituais não são largamente difundidos. Eis aqui alguns desses.




A ÁGUIA

O símbolo básico da Nova Acrópole, e também o símbolo oficial é a Águia com as asas levantadas sobre uma roda enrolada em folhas, onde dentro estão cruzados uma tocha, uma pena e um machado de dois gumes (labris).




A águia ou o estandarte, como é comumente nomeado pelos acropolitanos, é o símbolo oficial da Nova Acrópole. O caso é que a Nova Acrópole praticou uma lavagem de imagem, fazendo o seu símbolo ser de ordem somente interna. Segundo eles, por causa dos constantes ataques que a instituição sofria.




O símbolo da águia é muito difundido como o signo de inviolabilidade e de origem nos deuses das autoridades ditatoriais. No império romano e no regime nazista. A diferença entre a Águia Nazista e a Águia Acropolitana é que as asas acropolitanas são mais levantadas e, que em lugar do machado, da pena e da tocha se tem a suástica.


O CUMPRIMENTO

O cumprimento oficial acropolitano é o braço direito levantado acima da cabeça, com a palma da mão aberta formando uma linha reta entre o braço e a mão dizendo “Ave”.




Esse cumprimento é sempre feito frente a Águia e acropolitanos mestres. É chamada de cumprimento Romano.
Em algumas ocasiões os homens do Corpo de Segurança levam a mão até o peito e gritam forte “Ave”.




Não me esqueço de uma situação no Módulo São Jorge em São Francisco Xavier , SP na festa da Primavera. No início de um dia específico tinha a cerimônia de receber a primavera. Isso começava um pouco antes do nascer do sol. Todos os acropolitanos no anfiteatro grego e Michel Echenique Isasa falava com o seu português roto. Então todos estendiam a mão direita e gritava “AVE” quando o sol despontava por entre as estátuas dos deuses gregos colocados na parte de cima.


O MACHADO

O machado de dois gumes (labris) é um símbolo que é levado no peito pelos “Mandos Machado” — é um tipo de elite das Forças Vivas da Nova Acrópole. O Machado Acropolitano é acompanhado por correntes que refletem o nível da carreira do mestre. A essas pessoas constantemente tem-se que se referenciar de alguma forma. Ou com o braço levantado dizendo “AVE”, ou se levantando quando ele entra no recinto.




Quando um Mando Machado visita uma sede acropolitana toda a sua rotina é mudada. Aumenta-se a panfletagem, e o empenho sobre a divulgação da Nova Acrópole.




O TEMPLO

O templo é o lugar reservado onde além do estandarte da Águia se tem outros elementos de culto da Nova Acrópole. Somente uma pessoa participante do corpo de Forças Vivas entra nesses recintos. Os outros entram somente se convidado.




Há fotos dos mestres a serem cultuados nesse recinto, como Blavatsky, JAL, SRI RAM e até mesmo Michel Echenique. Tem-se várias inscrições em hieróglifos. Uma lamparina usada em outras cerimônias.




Antes dos trabalhos realizados na Nova Acrópole se vai a esse templo e se diz o motivo pelo qual se trabalha naquele dia. Em geral a fórmula é sempre a mesma, “fazemos isso hoje em nome do Ideal, assim como as pessoas nas sociedades antigas faziam seus trabalhos de forma desinteressada e impessoal[11].




AS CERIMÔNIAS

A primeira cerimônia que um neófito participa é marcada por um grande ar de mistério. É a cerimônia de “FORMATURA” que acontece ao final do Transpasso, e marca o início do II Nível .
Tem a cerimônia de Fim de Ano, onde o Chefe Mundial, no momento Delia Steiberg Guzman tem por inspiração dos Deuses o lema do ano e passa toda a mensagem de ano novo para todos os países.




O Dia do Lótus Branco” ou o dia dos “Mestres” acontece no dia 8 de maio de todo ano. É o dia da morte de Blavatsky. É também a data da “Plenitude de Maio” (momento em que é considerado o aniversário da iluminação de Buda). Na Nova Acrópole se explica que cada ano, nesse dia, os “Grandes Mestres” “se preparam para a humanidade toda entrar no nirvana”. O objetivo dessa cerimônia é confirmar a fé dos discípulos para com os seus mestres, e a prontidão desses para servir aos mestres, e estarem sempre dispostos a isso.




Sempre acontece uma parte de um juramento. O Discípulo acropolitano tem que jurar, mentalmente ou não, que vai estar na Nova Acrópole por mais 10 anos, 15 anos.

Dia da Morte de Jorge Angel Livraga (JAL)

7 de Outubro, dia da morte do fundador da Nova Acrópole. É uma série de plantões de 24 horas no templo. Essa série é chamada de “Corrente” e é feita para restaurar a unidade dos discípulos para com os seus mestres e tem alguns outras propostas místicas, de supervivência emocional e vivência de grupo. Assim como elementos de devoção e religiosidade.




Outros Símbolos e Condutas

Outros símbolos são usados pelos componentes das Forças Vivas. As condutas serão mostradas em um texto sobre o “Controle da Consciência”.




O Corpo de Segurança tem como símbolo um Raio, uma onda e um S envolto todos em um laço.
A Brigada Feminina tem a chamada “Barca de Isis” como símbolo. É uma barca com uma bandeira.




A Brigada Masculina leva no peito o símbolo de quatro mãos segurando uma engrenagem.
Todos esses três símbolos são usados nos uniformes que são vestidos em situações de cerimônia e no Módulo São Jorge, em momentos de trabalho.




JAL assinava como Anúbis, divindade egípcia também conhecida como o Deus da morte. Mas segundo os acropolitanos o Chacal que representa Anúbis é o deus que guia os discípulos. Além de ser o deus da morte, Anúbis, para muitos filho de Seth, é também o deus do embalsamo.




Delia Steinberg Guzman também assina como uma divindade egípcia mas que até então ninguém ousou nomear para os discípulos.


e. um objeto de devoção espiritual;

Além dos próprios símbolos a devoção é feita até com os mestres. A pessoa que freqüenta Nova Acrópole tem que deixar de ser um mero aluno. Passa a ser um discípulo. De forma bem clara ainda na apostila de I Nível, se mostra essa diferença. No Tópico “O Papel da Vida Moral no Discipulado: Sua Razão” encontra-se no 2° e 3° parágrafos:
"Somente o discípulo é capaz de compreender intimamente o ensinamento do Mestre, ao tempo em que tenta aplicar em si mesmo o que lhe é ensinado. O discípulo trata de realizar o que entendemos por vida moral. Ele não se conforma com a mera captação mental da instrução, mas se esforça em transmiti-la e também de transmutar seu Ser interior. Este é o sentido mais elevado da alquimia: a transformação dos homens de barro em homens de ouro.




Há três virtudes básicas que caracterizam o discípulo: Devoção, Investigação e Serviço. Vemos nisso o complexo íntegro do ser humano em ação. Sua devoção, mediante a fé, aproxima-o das verdades necessárias. Mas, se afã de buscar unicamente a verdade obriga-o à investigação. Quando, pela investigação, liga-se finalmente com o verdadeiro, põe-se a disposição do Mestre, mediante o serviço de seus pensamentos e atos".




A devoção ao mestre, e dedicação através do serviço de seus pensamentos e atos chega a uma atrocidade de conduta contra a própria liberdade. Isso vem tudo mascarado de Associação Cultural, o que na verdade é uma seita de caráter destrutivo. A submissão de sua consciência e de seus atos ao seu mestre é a grande violência até hoje praticada pela Nova Acrópole em larga escala. O indivíduo que entra na Nova Acrópole não sabe que terá que fazer reverências e “AVEs” a águia solar, aos mestres, terá que controlar os seus sentimentos em relação aquilo que gosta, vai ter que “se limpar de personalismos” como os CDs que mais gosta, deixar de estar com os seus amigos[12]. Se soubesse antes de entrar na Nova Acrópole que estava se afiliando na verdade a uma seita destrutiva a liberdade de escolha seria reservada. Em um outro texto será analisado como se dá o envolvimento da pessoa com a Nova Acrópole mediante a suplantação de sua vontade pela vontade do mestre (a lavagem Cerebral).




Ainda sobre a devoção ao mestre e seus mandos, tem-se um trecho do livro “Cartas à Delia e Fernando” sobre o tópico de Como Conduzir ao demais quando não se está totalmente Maduro” em que se deixa claro a submissão a essa devoção : “(...) renovar-se quando se sintam cansados, e nem conceber mentalmente a possibilidade de ceder às durezas de seus sacrifícios"[13] (...). E também no tópico XV “Prós e Contras da solidão e da companhia para um Idealista” do mesmo livro se tem o quase provérbio acropolitano: “E se tivermos que eleger o que devemos fazer, entre o que nós queremos e o que é válido ao Ideal, elejamos sempre o último[14]. Não somente por militânica, senão porque o que quer o Ideal, se está bem entendido, há de ser sempre Bom e Luminoso, e ainda o melhor para nós mesmos”. Aqui não se deve esquecer que de forma hierárquica nossas vontades e decisões são tomadas pelos nossos mestres. O seu mestre direto, diretor de escola, e então para o chefe de região, então o Mando Nacional e assim até chegar a Delia, que é a representante direta dos deuses e do Ideal.




Além da devoção ao Ideal e aos mestres, o acropolitano tem uma devoção espiritual a todos os símbolos que representam de alguma forma eles, como se realmente fosse uma religião.


f. uma entidade que controla o destino do ser humano;

Bem, nesse caso, os Deuses. Como foi citado no tópico 1b acima a Grande Fraternidade Branca é uma organização supra-física (espiritual). Para muitos acropolitanso, até mesmo de II Nível essa entidade, ou grupo de entidades que rege a Nova Acrópole não é dado o conhecimento. É digno ressaltar ainda o último parágrafo do Curso “Introdução a Sabedoria do Oriente”:
“Este é o Plano da Hierarquia e assim será cumprido. Da intensidade do trabalho daqueles que sentem a necessidade de executá-lo, e do impessoal da sua canalização, depende o tempo que será empregado. Os Deuses e os Homens querem que seja o mais curto possível”.




Acredita-se que o discípulo quando chega a esse “nível” esteja quase totalmente submetido à hierarquia acropolitana.




A contra-argumentação que um defensor acropolitano pode vir dar a esse tópico é o fato de que não há nenhuma entidade que controla o ser humano, mas que o guia para superar essa sua etapa de personalismos. No entanto, para aceitar essa ajuda, o indivíduo tem que se submeter às crenças e condutas e doutrinas da Nova Acrópole. O que até então não passava meramente de uma escola de filosofia, e uma associação cultural. Quando analisados os preceitos acropolitanos à vertente do que Umberto Eco chama de Eterno Facismo, fica muito claro o objetivo que essa instituição tem. O tom político deixa de ser escuso e fica claro e evidente. [15]




O destino do ser humano é controlado pelos Deuses, ou pelos Senhores do kharma e do Dharma. Tem ainda os Demiurgos, ou senhores do mundo. O destino do acropolitano é controlado não só por esses, mas pela estrutura piramidal da instituição que diz diretamente o que cada um deve fazer em sua vida. (isso começa com a escolha do Raio quando o neófito passa a ser provacionista de força viva— no Brasil isso é feito por Michel Echenique Isasa, que de uma forma inspirada pelos deuses, te olha e diz a que você vai ter que se dedicar para continuar na Nova Acrópole).



g. o âmbito do ser;

O ser humano é constantemente dividido de forma prática acropolitana em dois: Kuravas e Pandavas. Ali, se limita todo o âmbito do ser. Tem-se a constituição Septenária, onde o ser é dividido em quatro partes inferiores e 3 superiores. Essas quatro partes são: Mente dos Desejos, Emocional, Energético, e Étero-físico. Para o acropolitano essa é a parte dos Kuravas, é a parte mais baixa na evolução e com isso eles têm que controlar cada parte de si.[16] A Parte Superior do ser é formada pelo: Mente Pura, Intuição e Vontade. Todas essas partes tem o seu respectivo em Sânscrito. Isso pode ser encontrado na apostila I Nível no módulo I de Ética.




Com essa subdivisão do ser, se delimita até onde o homem pode ir. Até a Mente dos Desejos. A partir dali o homem começa a superar a etapa humana, ou etapa animal. Como símbolo disso tomam Arjuna, herói do livro Baghavad Gita, que ironicamente nessa fábula épica (que para muitos acropolitanos é um registro histórico) é conduzido pelo Criador, ou Krishna.




O âmbito do ser é totalmente misturado com outras culturas. Faz-se relação da cultura grega com a hindu, e nomea-se escolas de mistérios. Todos com o objetivo de "instruir" acropolianamente o indivíduo a se entregar ao seu mestre.




Os passos para se controlar os subcorpos, ou os kuravas são desde pequenos testes de “formação de caráter” como superação física e participação grupal ou abandono de coisas próprias, como a escrita de um diário onde o acropolitano escreve e mostra a seu mestre onde errou naquele dia, ou o que aprendeu de acordo com o ensinamento acropolitano. Em um outro momento passa a escrever a sua “Carta de Degrau” quando passa a completar uma lista de alguns itens, tais como o celibato[17], e privação de horas de sono e alimentação.


h. uma fonte de conhecimentos e sabedoria transcendental.

A Tradição. Assim se comenta da fonte dos conhecimentos da Nova Acrópole. Blavatsky também dizia que se embebia de sabedoria da Tradição. O que é essa tal Tradição?
A chamada tradição (excerto do texto de Umberto Eco).




(...)Não era somente uma contra-revolução típica do Catolicismo logo após a revolução Francesa, mas isso nasceu no final da era Helênica, como uma reação à racionalismo grego clássico. Na base do Mediterrâneo, pessoas de diferentes religiões (maior parte dessas fés foram aceitas indulgentemente pelo panteão Romano) começaram a sonhar com uma revelação recebida na aurora da história da humanidade. Essa revelação de acordo com os tradicionalistas místicos, tem remanescida por muito tempo escondida sob o véu de línguas esquecidas — os hieróglifos egípcios, nas runas Celtas, nos pergaminhos das pouco conhecidas religiões da Ásia.
(...)
Como conseqüência não há nenhum avanço na aprendizagem. A Verdade já foi falada uma vez e por todos, e nós podemos ficar somente interpretando mensagens obscuras.

[18]





A submissão à Tradição na Nova Acrópole se dá (de forma enumerativa e não excludente) de duas maneiras: através da doutrina de Madame Blavatsky e de Platão na crença em uma era de ouro da humanidade. Esse conhecimento é dado a Delia Steinberg Guzman, e antes a JAL. Até então a tradição fora passada para JAL por SRI RAM, controverso mestre da Sociedade Teosófica com quem supostamente (e com muitas ressalvas, até mesmo da Própria Sociedade Teosófica Adyar, Mundial com sede na Índia e de altos cargos Acropolitanos como Miguel Martinez- Carta da Sociedade Teosófica[19]). JAL teve contato. Certamente o leitor aqui, mais atento vai comentar que segundo a minha enumeração acima há uma contradição. Exatamente. Existe essa contradição, que de uma forma ou de outra nunca, NUNCA vai ser relevada nas aulas de “filosofia” acropolitana. Aqui se defenderiam que é coisa da minha mente intelectual. Que de nada tem de prático contrapor essa verdade. Filosofia e esoterismo juntos? ... fica para outro texto.



De uma outra forma a Tradição é aplicada na Nova Acrópole através do Nei Kung. Copilado de forma mediúnica por Michel Echenique Isasa, essa suposta arte marcial chinesa, considerada morta porque há milênios não se tem mais praticantes, aplica os preceitos do I-ching. O Nei Kung foi recebido por Michel pelos deuses que indicaram a ele o que fazer e quando fazer. Esse passou vários anos perambulando até que entrou na Nova Acrópole e deu continuidade, de acordo maior ainda com a tradição à difusão do Ideal. Alias quem estuda Nei Kung, deveras estuda o mesmo material acropolitano, e tem as mesmas submissões e condutas.




2. Práticas que supõem comportamentos de obediência e reverência ou culto.





Aqui Nova Acrópole se destaca. A obediência, o culto e a reverência aos mestres e símbolos são altamente necessários para que ela mesma exista, como foi mostrado em várias partes anteriormente. O autoritarismo acropolitano pelo qual ela é criticada em todo mundo é a estampa da obediência aos seus tramites internos.



Frequentemente você, ao fazer uma pergunta indevida, vai receber por resposta: “Você ainda não está preparado para tal informação” ou “O seu nível não te permite saber disso ainda” ou ainda, “Você ainda pensa demais para entender isso” entre outras demais possibilidades de resposta. Até então, o defensor pode dizer que não passa de um artifício didático para incitar o aluno à investigação. Infelizmente não. Geralmente assuntos em que se tem como resposta coisas desse tipo são assuntos ou controversos, ou paradoxais que a mente SÃ logo se reservaria de alguma veracidade do fato. Dessa forma se adia esses estímulos paradoxais ou mesmo contradições para um momento mais oportuno, quando o discípulo não tiver mais reservas mentais e acreditará em tudo o que o “mestre” mandar.




Ainda é digno citar mais uma vez, não por falta de fontes, mas por necessidade de reiteração: “E se tivermos que eleger o que devemos fazer, entre o que nós queremos e o que é válido ao Ideal, elejamos sempre o último” Capítulo XV Cartas a Delia E Fernando.




Quanto ao culto e a reverência vale ressaltar um dado interessante e ao mesmo tempo escabroso. Todo acropolitano, já Força Viva tem em sua casa uma foto de JAL, ou de Delia em um local de significado de culto. A foto está ali para lhes lembrar da “grandiosidade” e do que eles fizeram pelo Ideal.




A auto-negação, essa vida de pobreza estrita, que um observador de fora poderá enxergar como uma “humilhação Franciscana” é realmente o que dá o significado para a vida do acropolitano, e assim se torna uma razão para ter orgulho delirante. “Delirante” no sentido da falta de contato com a realidade em volta, que agora se tornou quase invisível (Texto de Miguel Martinez).




É comum a frase: “ Não tente entender mentalmente simplesmente obedeça” ou faça determinada coisa. Perguntar demais, ter reservas mentais sobre os seus mestres é um dos maiores “pecados acropolitanos”. O Sucessor hierárquico mais próximo é quem é capaz de entender um pouco mais algo que foi dito, e assim por diante, até chegar em você que não tem capacidade de entender nada, porque está mais distante do Ideal. A você basta obedecer e passar adiante tal mando ou preceito.




Numa conversa, eu já ex-acropolitano, e tentando ajudar alguns conviventes de forma imatura (lhes mostrando provas diretas do que é Nova Acrópole), perguntei um acropolitano — ele que tinha acabado de entrar para provacionismo de Força Viva, para o Corpo de Segurança— se caso Michel lhe pedisse para matar uma pessoa o que ele faria. A resposta de que mataria me assustou tremendamente. “Ele sabe mais do que eu, tem capacidade de saber mais sobre a realidade das coisas do que eu” me respondeu ele de forma devota e serviçal.




A obediência ao Ideal, ou ao mestre é construída através do tempo. A pessoa vai para um lugar com o objetivo claro de estudar filosofia. Nos primeiros momentos recebe uma carga enorme de estímulos paradoxais, que traduzindo a miúdos (não levando em consideração as outras condutas inseridas na mente do indivíduo de forma enganosa) é a submissão aos deuses, mesmo com dor, para sermos felizes e construir um mundo novo e melhor. Infelizmente isso não fica tão claro nesses primeiros meses. Ao começar o II Nível, se você não se dedica a alguma parte da escola, além da sua aula semanal, você vai ser chamado à atenção de forma direta ou indireta para que comece. A supervivêcia emocional, com a participação em um grupo é de grande importância para a sua submissão e obediência ao culto.




Todas as situações são controladas. Se um discípulo tem uma dúvida ou um problema pessoal ele nunca deve recorrer aos seus semelhantes. Digo, às pessoas que estão no mesmo nível que ele. Não se deve “atrapalhar o caminho do outro com suas dúvidas”. Dessa forma, só se recorre ao seu mestre. Amizade com liberdade de expressão não há entre acropolitanos no mesmo nível. Nem mesmo de níveis diferentes pois sempre se tem a idéia de hierarquia e de que quem está a mais tempo no Ideal seja melhor, mais próximo da Verdade e coisas parecidas.




A forma de dominação, ou de controle de consciência que exerce a Nova Acrópole vai desde o controle do tempo ocioso do discípulo até a privação de informação, sono e em alguns casos alimento.


3. Caráter coletivo ou grupal da expressão da vida religiosa.





Para ser acropolitano, ou se dizer que é um, tem que estar envolvido com a instituição. Esse envolvimento tem que acontecer de forma clara. O discípulo tem que participar das “atividades” da escola. Não se pode simplesmente freqüentar as aulas. Tem que fazer os trabalhos em conjunto, ir a palestras, panfletar e trazer pessoas novas para o círculo acropolitano.



Muito se fala de Idealistas que não estão na Nova Acrópole. Mas sempre esses idealistas não são apontados, nem dado a conhecer suas verdades.




O caráter coletivo vem da própria vivência dentro da própria sede. Os discípulos passam horas e até dias direto dentro da escola. Alguns fazem o seu sustento de forma conjunta com a Nova Acrópole montando institutos de arte, saúde, jurídico, artes marciais. Todos veiculados à Nova Acrópole.




A religiosidade do movimento vêm de uma forma discreta. Por se considerarem uma Associação Cultural, aos olhos alheios nada se modifica profundamente. Agora, para os familiares de acropolitanos a mudança do indivíduo é drástica e profunda ainda nos primeiros meses. Com o passar do tempo a pessoa se desfigura de tal forma (jeito de falar, roupa, gostos e gestos, sorriso, afeto, círculo de amigos, carreira, relacionamento amoroso, etc) que fica irreconhecível. Há alguns exercícios para levar o indivíduo a uma transposição de tempo e espaço como uma oração. Vi várias vezes o Michel Echenique Isasa ensinando a “formidável e mágica” tática de se fazer “parar o tempo”. Há a crença em entidades como Silfos, duendes, elementais...Voltando aos exercícios, muitos deles são meditações que em seu âmbito são colocados elementos acropolitanos, como a águia, ou JAL. O discípulo vai pouco a pouco substituindo toda a sua linguagem de leitura de mundo pela da Nova Acrópole através de exercícios e crenças difundidas dentro da seita.



Conclusão

Dentro desses parâmetros, claramente descritos Nova Acrópole realmente pode ser considerada uma instituição religiosa. O caráter destrutivo e neo-nazista serão analisados em outro texto. Quanto a possíveis contra-argumentações sobre seita ou não, podem fazer o alarde que quiser. Podem até mesmo dizer que tudo não passa de uma mera especulação de categoria. E que em verdade Nova Acrópole está muito acima dos preceitos humanos, é uma obra dos Deuses. Aceita a contra-argumentação. Mas não se deve esquecer que com esse breve relato da vivência e texto acropolitano já se pode aferir que Nova Acrópole é tudo, menos uma mera Associação Cultural de curso livre de filosofia.

Bibliografia

- Apostila de I Nível, Nova Acrópole
- Apostila de II Nível, Introdução a Sabedoria do Oriente, Nova Acrópole
- Cartas a Delia e Fernando, Nova Acrópole
- Bastion, várias edições
- Revista Nova Acrópole, várias edições
- Rodríguez, Pepe Adicción a sectas (Pautas para el análisis, prevención y tratamiento)
- Eco, Umberto , Five Moral Pieces, UrFacism
-,W. W. Atikinson, A Suggestão
- Site http://www.no-acropolis.beorn.ru/ e http://www.no-acropolis.info/
- Miguel Martinez “História de um Imperador”, no site http://www.kelebekler.com/cesnur/txt/liv-gb.htm
- Freud, Sigmund - Psicologia de las masas y analisis del Yo



NOTAS




[1] (¹) Juan Contreras em seu site: http://www.galeon.com/sectaschileargentina/enlaces1044530.html, site sobre Hastinapura, uma dissidência da Nova Acrópole.
[2] Apostila do Nível I - Ética Módulo 1, pg 16 1° parágrafo
[3] Deva — [do sânscrito, devas brilhante] S. m. Nas religiões do Oriente, cada uma das diversas divindades masculinas que se situam entre os seres divinos superiores e os homens. P. ex. no zoroastrismo, os deuses atmosféricos; no bramanismo, deuses benéficos e imortais a quem se oferecem sacrifícios. (fonte dicionário Aurélio).
[4] Você só ouvirá isso quando estiver no Transpasso, dependendo da submissão da sua turma no Nível I.
[5] Apostila Nível II- Introdução à Sabedoria do Oriente Tema III- Antropogênese Oculta- Quarta Raça pg 45 parágrafo 2°.
[6] Ler o texto sobre Nova Acrópole escrito por Miguel Martinez onde a história da organização é muito bem descrita: “História de um Imperador: Jorge Angel Livraga Rizzi Fundador da Nova Acrópole” (original em inglês: http://www.kelebekler.com/cesnur/txt/liv-gb.htm)
[7] Essa reverência será analisada logo abaixo.
[8] O estandarte também será mostrado em um desenho-rascunho
[9] Esse livro só pode ser comprado por discípulos que estão cursando pelo menos o Nível II. No entanto, na escola que eu freqüentava era possível lê-lo da estante de livros da Biblioteca.
[10] Em um outro texto os símbolos e suas significações será abordado de forma mais profunda
[11] Transcrição não textual, mas de lembranças.
[12] Muitas vezes os amigos não acropolitanos são na verdade considerados inferiores e pobres de pensamento por não comungarem com a vida acropolitana.
[13] Esse vocábulo “sacrifício” é chamado como originário de “Sagrado Ofício”, etimologia inventada para se ater às vontades dos mestres. Em outro texto há uma explicação sobre as palavras, ou a Novilíngua acropolitana.
[14] Grifo do autor desse texto.
[15] http://www.themodernword.com/eco/eco_blackshirt.html Texto sobre o Facismo Eterno de acordo com Umberto Eco. Há uma versão dele comentado de acordo com Nova Acrópole.
[16] Essas partes em um outro momento ganha uma infinidade de subdivisões e de determinações de como cada um deve se submeter ao ideal acropolitano, podendo o seu mestre indicar diretamente o que em você, qual conduta você deve mudar ou tomar a partir daquele dia como exercício de purificação.
[17] A Nova Acrópole controla a sexualidade de seus integrantes.
[18] Umberto Eco, traduzido pelo autor do texto do original em Inglês “Five Moral Essays”, sobre UrFacism.
[19]Carta recebida da Sociedade Teosófica por esse autor. (tradução)
Quarta-Feira, 9 de junho de 2004

Hoje nós a resposta a sua mensagem perguntando algumas clarificações sobre a instituição chamada Nova Acrópole.
Nós também recebemos hoje um pedido reiterando o pedido sobre o mesmo problema.
Nós esperamos que nossa primeira mensagem chegue até você em segurança.
Nós apreciaríamos se você gentilmente nos der a conhecer o recebimento disso. Cordialmente,
Secretaria Oficial Internacional
A Sociedade Teosófica
Adyar - Chennai - 600 020 – India


Quarta-Feira, 9 de junho, 2004

Nós nos referimos a sua mensagem datada dia 30 de Maio pedindo algumas clarificações sobre a conexão entre a Sociedade Teosófica e a instituição chamada Nova Acrópole.
A Sociedade Teosófica não tem nenhuma ligação, de forma alguma com Nova Acrópole ou Hastinapura ou outra organização promovendo o que eles chamam estudos teosóficos.
O senhor Jorge Angel Livraga (agora morto), principal fundador da Nova Acrópole foi uma vez membro da Sociedade Teosófica na Argentina. Devido à sua conduta incorreta — confirmada pelas autoridades judiciais do país(Argentina)— ele foi legalmente expulso da Sociedade Teosófica. Depois desse incidente, junto com alguns outros, ele criou a instituição com o nome Nova Acrópole, proclamando exatamente os mesmos princípios da Sociedade Teosófica. Ele foi aconselhado a reconsiderar o uso dos mesmos princípios, o qual nunca prestou atenção.
O assunto que você mencionou em sua mensagem: “eles dizem ser os herdeiros originais dos objetivos da antiga Sociedade Teosófica”, é infelizmente falso. Herança é o que se resta depois do prévio desaparecimento de um corpo.

A Sociedade Teosófica foi fundada em 1875 e tem uma existência notória e ininterrupta, e ainda é bem insolente fingir que essa tenha deixado de existir. Na época da decisão do Senhor Livraga, o Senhor N. Sri Ram era o Presidente Internacional da Sociedade Teosófica.
Seguindo a política de liberdade de pensamento, um dos princípios da Sociedade Teosófica, ele nunca aceitou, ou criou um círculo de elite de discípulos.
E ainda, o nome do Senhor Sri Ram não deve ser usado como um tipo de autoridade. Em uma declaração oficial passada pelo Conselho Geral da Sociedade Teosófica, você pode ler:
“Nenhum mestre, ou escritor, desde H. P. Blavatsky, tem qualquer autoridade para impor seus ensinamentos ou opiniões aos membros”
A Senhora Ada Albrecht, esposa do Senhor Livraga estabeleceu em Montevidéu, Uruguai, uma organização conhecida como Hastinapura, mais como um meio dela ganhar dinheiro para sobrevivência do que para propagar espiritualidade. Os escritos de H. P. Blavatsky são disseminados pelo globo em várias línguas, de forma que, agora eles são parte da literatura mundial.
Nós esperamos que o acima possa ajudá-lo a descobrir por você mesmo como encaminhar.

Sinceramente,

International Secretary Office The Theosophical Society Adyar - Chennai 600 020 – India












14 comentários:

MIguel Echenique disse...

A favor de Nova Acrópole

Meu nome é Michel Echenique.
Fui citado no Blog varias vezes, portanto, quero apresentar o meu depoimento:
Infelizmente não tenho com quem conversar, salvo com o demiurgo.
Demiurgo significa “Deus Criador” e você assumiu essa identidade...
Sou uma pessoa publica, muitos me conhecem, mas eu não te conheço.
Você se apresenta como Deus e deve ser a razão pela qual você se acha no direito de julgar aos demais, e sinto o cheiro de inquisição pelo ar, já que você se sente no direito não só de julgar como também de condenar.
Li com atenção toda a sua apresentação e vejo claramente que você usa para falar de Nova Acrópole técnicas de desinformação e de manipulação, já que você coloca reflexões de acropolitanos fora de contexto e as reduz.
Vou começar pelas da desinformação:
Você diz que Nova Acrópole se declara como escola de filosofia clássica, mas você esta desinformando a opinião publica com essa afirmação, já que Nova Acrópole se declara como Escola de Filosofia a maneira clássica – o prefixo “a” denota que a palavra clássica é genérica – mas do jeito que você a expressa é especifica.
Em termos gramaticais a diferença é sutil, mas em termos reais é significativa: Escola de Filosofia a maneira clássica significa uma escola de Filosofia dentro moldes tradicionais como a escola pitagorica, platônica, socrática, aristotélica, etc., ou seja escolas onde se aprende a viver! Não apenas pensar.
O fato de que hoje a filosofia é acadêmica não nega essa outra possibilidade, e nem significa que a filosofia seja só acadêmica.
Você também desinforma quando apresenta informações que já giraram o mundo há 30 anos atrás, e faz parecer que são de atualidade!
Todas as acusações que você faz, já foram feitas outras vezes e inclusive aqui no Brasil, e já foram esclarecidas, em vários Orkut, onde foram amplamente expostas, e ficou comprovado que não passavam de montagens e interesses comerciais de faturar caluniando e difamando Nova Acrópole.
As pessoas que fizeram essas acusações são profissionais que vivem disso – caso de Pepe Rodrigues. E você volta a levantar as mesmas questões. Por acaso você está ganhando alguma coisa com isto? Porque os outros estavam.

Por outro lado você coloca palavras na minha boca e de outros, tais como “que eu teria dito e que outros teriam dito” – e isso é Manipulação, já que você não pode criar personagens fictícios para manipular a opinião publica.

Você se diz ex-membro de Nova Acrópole, eu também poderia dizer que sou ex-membro de qualquer coisa, se não coloco meu CPF, meu nome ou meu RG quem pode saber se é verdadeiro ou falso? Porque no fundo as informações que você passa assumindo a identidade de ex-membro não são verdadeiras! É provável que você tenha ouvido de outros e isso é simplesmente rumor.
A questão é que se Nova Acrópole tudo o que você fala e toda a desinformação que você transmite, como é possível que Nova Acrópole continue existindo em todos os paises onde você diz ter sido exposta?
Nova Acrópole existe faz 51 anos, em mais de 50 paises no mundo, e isso é um fato Categórico, já que se fosse o que você está querendo desinformar e manipular, os governos já teriam tomado alguma providencia. Você crê que as pessoas são tolas?
Por ultimo você fala de um símbolo secreto e coloca no blog um decalque...
Eu ainda tenho mais de 200 decalques como este e já distribui mais de 1000 para pessoas interessadas, que gostaram dele e que queriam colocar no carro... e talvez você se encontre com ele em alguma rua no Brasil em algum carro de alguém que gostou dele... você pensa que isto é um símbolo secreto?
Se você quer ir mais longe podemos comparar o que você publicou e os decalques que tenho. De qualquer forma, isso é um inicio de uma conversa. Se tem interesse no tema, como demonstra estar, poderemos continuar conversando. Dialogar é bom.

Anônimo disse...

Qual é o objeto em discussão do blog? A Nova Acrópole ou a identidade do autor do Blog? Os fatos sobre a Nova Acrópole estão ai. Passaram a não comentar sobre eles. E os símbolos internos; cumprimentos; crenças; exercícios esotéricos; estudos teosóficos;etc? A Nova Acrópole tem isso ou não? Essa é a questão em si. É verdade ou mentira essas coisas? O Questionário é o centro da discussão. Não parece que ninguém está caluniando ninguém aqui. Está é em uma busca de informações... E os Acropolitanos começaram a agir estranhamente, se dizendo advogados e defendendo a NA de ataque nenhum. Atenham-se às informações... e ai, a Nova Acrópole tem alguma coisa de religiosidade dentro da sua estrutura ou isso é lorota?

Anônimo disse...

Demiurgo !

Parabéns pelo seu trabalho. Conheço a fundo a NA e sei que fala com grande conhecimento do assunto. Acredito, sem sombra de dúvidas, que foi ex-Aluno. Digo tambem que tentar definir NA é bem dificil, mas dizer que NA é nazista é bobagem. NA não é nazista, cristã, exoterica ou esotérica. Na verdade acho que nem eles sabem oque são. O mais próximo que podemos chegar é que NA é uma colcha de retalhos de conhecimentos variados. Essa colcha é base para os integrantes desenvolverem sua "curiosa estrutura hierarquica" com objetivo de alimentas fogueiras de vaidades de seus "cabeças". Tua análise de como os alunos que frequentam o I nivel sem saber realmente lhe esperam foi ótima. Acho que a NA deveria informar quem se forma no I nivel e deseja proseguir na NA, a realidade das coisas apartir da "formatura" assim não estaria, como você disse, cerceando a liberdade de escolha. NA é técnicamente sim uma seita , como pode se provar em teu ótimo Post. Cabe ressaltar que não podemos ignorar o valor de NA na questão social. NA como associação cultural é exemplo para muitas ONGS ou até mesmo para governos bem como a questão da ecologia e outros. A negativa de NA é realmente esse embusteiro psedo-exoterico e sua inexplicavel casta-hierarquia presente no seu seio.

Novamente parabêns pelo Trabalho Demiurigo.

Anônimo disse...

Demiurgo!!

Tenho informações a trocar!
descobri alguns "problemas" financeiros ligados à nova-acrópole do Paraná.

Aos que defendem, peço um pouco de paciência, pois tão logo entregue a documentação que pude juntar nos últimos 11 anos a um representante do Ministério Público e demais entidades oficiais, disponibilizarei aqui e em demais espaços públicos, bem como meios de comunicação, para os que tem interesse na leitura.

Demiurgo disse...

Informações são sempre bem vindas, contudo, não sei se é da natureza desse blog fazer julgamento sobre as contas da NA. Só divulgaremos sobre esse fato se concluírmos que ele amplie a compreensão sobre "O Que é Nova Acrópole?", e nunca para denegrir a imagem de alguma instituição e ou pessoa. Aguardamos o seu retorno.

Anônimo disse...

"aristos - do grego classico, o melhor, o mais sabio, o mais justo.
Cracia - governo.
Este termo foi muito usado por Platao e outros filosofos gregos, referindo-se ao governo dos homens sabios, justos e bons, como um ideal filosofico politico.
É comum confundir o tema da aristocracia com a oligarquia, que significa o governo dos poucos ricos, ou plutocracia.
Isto significa que quando uma pessoa que conhece o contexto da filosofia grega se refere a aristocracia esta dizendo que o ideal seria que governassem os homens sabios, justos e bons."

Atanibio Boell Júnior disse...

Quando pessoas que “analisam” as atividades de Nova Acrópole afirmam que os alunos freqüentam o 1º. Nível do Curso de Filosofia à Maneira Clássica sem saber realmente o que lhes espera ao prosseguir como membros, demonstram não saber como se realiza o curso. Para que essa ignorância seja suprimida e qualquer comentário possa ser feito com base nos fatos, veja uma exposição sobre como funciona o Curso de Filosofia à Maneira Clássica no Blog de Nova Acrópole www.novaacropolebrasil.blogspot.com

Anônimo disse...

A respeito do que disseram sobre o controle da sexualidade, vida amorosa e outros aspectos da vida pessoal do membro da Nova Acrópole, gostaria de me certificar de que isso é mesmo praticado, de forma direta. Os "mestres" acropolitanos realmente instruem os alunos a deixar de lado suas paixões ou a reprimir tudo que vá contra a "escoal"? Tive uma experiência que mostra indícios, o que me deixou bem preocupado, pois se trata de uma pessoa muito próxima que recentemente vem se afastadno do seus círculos...O autor dos post tem essa experiência? Por exemplo, de um líder lhe dizer o deve fazer em relação a um parente ou amigo que rejeita a Nova Acrópole? Essa escola funciona realmente como algumas religiões que recomendam não se envolver demais com pessoas "do mundo", e pregam que um novo mundo seja mantido, tendo o membro que viver isolado do restante? Percebi que a pessoa que me é cara tem se comportado de maneira estranha como se só os que estão na escola fossem dignos de sua presença real e verdadeira, de sua atenção plena e esta mesma pessoa se comporta como se fechasse os ouvidos para as críticas à Nova Acrópole, mantendo o olhar distante como se para abstrair. Seria isso ensinamento de sua mestre? É possível que nesssa escola os mestres tenham tamanha interferência na vida dos alunos a ponto de lhes dizer o que devem ou não fazer? Com quem andar, com quem namorar ou não, de que forma se deve escolher o futuro marido ou esposa? E essas pessoas SÂO, DE FATO, aconselhadas a deixar a companhia de quem critica a escola ou não quer entrar para ela, ou, ainda, solicita demais sua presença, afastando das atividades da escola?
A propósito, gostaria de saber qual é a relação do autor do blog com a Nova Acropole, e se pertenceu a Nova Acropole, como e porque extamente resolveu deixar a escola. Grato

Anônimo disse...

A respeito da conduta perante à escola, os membros adotam uma atitude mascarada, como seos"instintos" estão sendo controlados,tornando assim, uma entidade de pessoas falsas, pois reprimem aquilo que gostariam de expressar. De um certo ponto, para um contexto atual carente de educação verdadeira, a proposta até é valida, mas se isso fosse de uma formação desde a infancia e de uma verdadeira educação, educação esta que eles afirmam ter, e com muitas pessoas que entram adultas esta "mudança" logicamente é adotada de uma maneira falsa: coloca-se uma mascara de "sou o perfeito" ou "sou sempre feliz e nada me abala" ou "supero meus instintos".
Os principios são de fraternidade, porém cabe uma observação quanto a relacionamentos: não exitam em fazer comentarios e se comportarem tão mediocremente quanto condenam as pessoas ditas do "mundo velho".
Na realidade, há uma certa boa vontade em mostrar que é possivel viver o bem, o belo e o justo, mas isso somente se a pessoa o quer e quando a pessoa é submetida a ter que sempre ser assim, de certa forma é obrigada pelo código de cortesia para se manter na instituição, mas o que define isso é a ambição da pessoa, pois não é obrigado a ficar, ou adotar uma conduta com a qual não concorda, porém como há graus de hierarquia que a pessoa pode ir conseguindo de acordo com seu nivel de "integração", portanto aí sim que deve ser questionado o nivel real de mudança desse Ser para um alguem melhor ou apenas se dispor de recursos financeiros que consegue se chegar a um nivel que deveria ser por verdadeira experiencia de vida do que por apenas tratos administrativos. Portanto, nota-se muito a presença de pessoas em alto grau de FV, mas que se fosse medido, verificaria-se sua mediocridade espiritual - ainda comedido por coisas justamente concebidas como de baixo nivel ou mundano.

Anônimo disse...

A respeito de perigos da NA, cabe ressaltar sobre esta conduta própria criada desta instituição como forma de uma identidade em particular, identidade esta que acaba até por afastar pessoas que realmente buscam a bondade e fraternidade, podemos dizer até que ingenuas depois de confrontado os ideais com as atitudes tomadas dentro desta escola.A ambição é o que norteia as motivações desses integrantes, pois, nos primeiros meses antes da formatura, as pessoas são enganadas com esses princípios ditos por eles, aproveitando-se da esperança alheia que ainda há algo de bom a se perseguir...mas não, depois de inseridos, as invejas, competições acerca de titulos "galgados honestamente" porque se "superou" em instintos da personalidade.
É uma instituição mascarada, de pessoas falsas, tão medíocres quanto os que condenam, tanto que depois de anos na escola tornam-se ainda mais gananciosos, intolerantes com os demais (pois são os mediocres do mundo velho), competitivos, tornando-se tiranos.
Cabe ressaltar a coerencia entre principios de fraternidade x aplicabilidade real. Dizem-se não "iniciados" para justificar suas condutas egoístas, pois como declarado em outros posts sobre a mudança repentina no comportamento da pessoa, seja perante familia ou amigos, pois planta-se na mente dessa pessoa que ela não precisa de ninguem além de si, acarretando numa pessoa que não segue leis, pode pisar em quem quiser pois se considera um deus,um herói e nada recai sobre si.
Não existe mudança real nesses integrantes voltada para os 3 princios informados. Tudo é baseado na ganância, na ambição, de poder um dia atraves dos estudos, ser um chefe de filial, ou um coordenador, ou simplesmente dar aulas, mas tudo não passa de simples exaltação do próprio ego daquele que permance por mais tempo nesta escola.
É uma instituição de carentes, de pessoas que um dia cresceram sem o pai ou sua mãe e se dizem que tem compaixão suficiente dos demais? que por isso sente-se como um ser interessado em fraternidade universal? não. Querem apenas a oportunidade de que neste próprio meio as ambições e ganãncias são encaradas com naturalidade e que se compartilha desse mesmo sentimento com os demais.Onde que aqui no dito "mundo velho" não se consegue crescer na vida, ali pode-se usar o outro para poder crescer. Apesar de ditarem para que se aplique a vida simples, mas na realidade é totalmente contrária.
Finalizando, NA é a perfídia social.

Karina disse...

"Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece!"
Não adianta tentar compreender NA com a mente carnal, há que sentir, que viver... Mas também não adianta viver mecanicamente como no "mundo velho", tem que estar de coração aberto, puro, sem preconceitos para poder experimentar de verdade seus ensinamentos e só depois poder avaliar se eles são válidos ou não.
O julgamento é uma falha do comportamento humano, e nós devemos estar sempre atentos para não cair nessa cilada. Em vez de julgar alguém para simplesmente causar polêmica, poderíamos aproveitar esse tempo ocioso para fazer algo útil não só para a humanidade mas, principalmente, para nós mesmos.
Aqueles que estão sempre querendo se melhorar, buscando ser pessoas realmente melhores,além de estarem ajudando a si mesmos, com o controle de sua própria personalidade, também estão contribuindo com a humanidade.
Ninguém disse que o caminho seria fácil... É preciso lutar!!
NA é uma instituição séria, voluntária, de pessoas boas que realizam um trabalho muito bonito.
Manipulação??? Humpf!! É só ligar a televisão!!

Anônimo disse...

ai ai...mais um fanático bitolado!

Anônimo disse...

Preferi publicar Anônimo para não sofrer represálias como uns ja sofreram, mas concordo piamente com o dono do post. Frequentei a Na em Belém, e percebi tudo o que este texto diz, e agradeço a este blog ter me abrido os olhos pra que eu saisse de lá.A parte do texto que diz "É uma instituição mascarada, de pessoas falsas, tão medíocres quanto os que condenam, tanto que depois de anos na escola tornam-se ainda mais gananciosos, intolerantes com os demais (pois são os mediocres do mundo velho), competitivos, tornando-se tiranos." traduz bem o que é a NA. Realmente no 1º nivel se vê "filosofia" ou uma pincelada bem pequena dela, mas é uma armadilha pra arrebanhar adeptos para o 2º nível. Se vc não tiver uma visão critica e perceber as contradições dos "mestres" e se encantar pela "perfeição" do lugar, vc entra na seita esoterica by Blavatsky direitinho. Tbm presenciei o nazismo na metodologia de ensino, leiam como os alemães educavam neste texto (VEIGA-NETO, Cultura, culturas e educação. Revista Brasileira de Educação. ANPED, Mai/Jun/Ago, nº 23, 2003, pp.5-15) e frequentem a NA q vcs verão a mesma coisa.Lá eles distorcem o conceito de criticidade, e se dizem a favor da mesma, mas qdo vc critica-os eles viram o demo com vc a ponto de te gerar constrangimento. Os "professores" são "infaliveis", vc tem que obdecer a hierarquia e todos os "mistérios", "q um dia vc vai saber o que é"(desconfie sempre de coisas misteriosas). Se vc não sucumbir a sua curiosidade, continuará a ser uma pessoa normal em sua vida,com amigos e familia tudo normal, senão a curiosidade vai matar o gato. Orientações sexuias não heteros nem passem na porta pq até os que estão no armário lá dentro, vão te jogar pedras. Em suma, tinha tudo pra ser uma proposta legal (em termos de infra extrutura e organização)para o estudo da filosofia, mas como a maioria dos homens, transforma o bom no ruim, a NA é mais uma enganação neste mundo e uma fabrica de mediocridade e hipocrisia que vão te perseguir e escravizar até onde vc deixar, mas é que nem droga vc pensa q não ta viciado e qdo um dia se tocar...já era!Um conselho para os fortes, entrem lá e percebam e concluam tudo o que foi colocado pelo dono deste post ou se vc não tiver uma personalidade fraca e ver uma escola NA passe bem longe dela se ainda quizer ser livre, ter amigos e família e não pensar como um robô nazista disfarçado com uma casca de inteligente!!!

Anônimo disse...

Muito bem! O Mundo Velho tem pessoas maravilhosas. Não se engane eles sabem que voce é. Porque os medo dos ex-membros? Porque eles são magistas sabem manipular a energia astral e disso fazem um péssimo uso. Eles interferem no sono das pessoas causando pesadelos terríveis, aparecem dentro de nossa casa, tocam nosso corpo. Tudo para levar aquele que os incomoda a ficar desestruturado, doente, fraco e de preferência a morrer de medo (p.ex. não dormir, por ter medo dos pesadelos). Não tema e clame por Deus, ele virá em seu auxílio. Sofro a perseguição dos mandos de nova acrópole há 20 anos, já fiquei mal, muito mal, agora estou bem. O que não me mata me fortalece. No princípio eles me perseguiam por distração, ruindade e há também nessa história o roubo da energia vital. De uns tempos para cá eu comecei a parar e encará-los. Eu adorei um comentário seu. ADOREI. Voce falou de algo que vai incomodá-los bastante. Todos os mandos fazem a mesma coisa... "O mistério de Deus é o mistério do silêncio e da sabedoria". "O mistério de Satanás é o mistério das trevas".